YELLOW HOUSE

EQUIPA

Ricardo Latoeiro, Andreia Caetano, Ana Palmeira, Marco Caldeira, Adriana Dias, Liliana Martins, Rita Oliveira

LOCALIZAÇÃO

Tavira

TIPO DE EMPREENDIMENTO

Habitação Coletiva (18 apartamentos)

EXECUÇÃO

Arquitetura

FASE

Concluido

FOTOGRAFIA

NOA

 

MEMÓRIA DESCRITIVA

Junto ao coração do centro histórico de Tavira, o local caracteriza-se como uma fronteira entre o passado e o presente. Inserido na área protegida que abraça a antiga muralha do castelo, o espaço apresenta-se com três frentes voltadas para ruas que se encontram em diferentes alturas, com uma diferença de mais de 7 metros entre o poente e o sul. Ali, uma construção singela, de um amarelo modesto, guardava as memórias da comunidade. Sem ornamentos extravagantes, com valor assente na simplicidade, oferecia um refúgio acolhedor aos que por ali passavam. O espaço  ainda rural era acolhido pelos edifícios vizinhos, criando um sentimento de pertença, conforto e serenidade.

A proposta pretendeu respeitar essa atmosfera, criando um conjunto habitacional que não apenas preservasse a essência de tranquilidade, mas que também trouxesse o conforto da modernidade. Além de apartamentos, haveria espaço para estacionamento e um espaço exterior partilhado com a presença dos espaços verdes da natureza e uma piscina, onde o tempo poderia ser desfrutado com leveza. A conexão entre a Rua dos Machados e a Rua José Pinheiro e Rosa seria mantida, reforçando o elo entre o centro histórico, ao nascente, e a zona de expansão mais consolidada, a poente, facilitando o fluxo da vida urbana.

Com 18 apartamentos, o projeto sela um vazio no coração de Tavira, sem jamais esquecer a alma da cidade. A arquitetura propunha-se a ser discreta em sua paleta de cores, dialogando com o clima e a luz natural, enquanto as formas do edifício evocavam as ameias das muralhas medievais, uma homenagem subtil à história, reinterpretada em linhas contemporâneas minimalistas. Assim, o novo se interliga com o antigo, respeitosamente inserido no tecido urbano, como uma continuação da própria história de Tavira, que se reescreve sem nunca apagar suas raízes.

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